Trinta e seis anos de país independente, o ciclo da libertação nacional está esgotado. Temos agora uma nova conjuntura política, económica, social e ecológica. A nova realidade chama o BD (Bloco Democrático) a assumir o papel de força catalisadora do movimento progressista e modernista nacional, dando continuidade ao seu projecto histórico, através de novos instrumentos, com vista a realização da Libertação Social.
As eleições de Setembro de 2012 chamam o BD a um papel de articulador de vontades pela transformação política no país. Uma transformação a todos os níveis: do Estado, da economia e da sociedade.
Mais do que juntar o anti-regime, o BD deve congregar a irreverência e a criatividade das mulheres, dos jovens e dos homens inconformados e activos para dar resposta às grandes questões da nossa época e aos sentimentos e aspirações profundos dos angolanos.
Ao BD cabe o papel de transformar o país para enriquecer os angolanos. Os cidadãos não podem ficar a ver o comboio do crescimento passar, sem que este se transforme em bem-estar social. Não podemos assistir à exploração desenfreada das riquezas, ao enriquecimento fácil e ilegítimo de alguns, enquanto grassa a pobreza da maioria.
Por isto, a nossa abordagem do Estado, da economia, da sociedade e do meio ambiente inscreve-se no esteio da democracia participativa e do Estado Social de Direito, actualizada em função dos novos desafios do século XXI.
O BD quer propor aos angolanos um programa de governação moderno, inovador e promotor de progresso em todos os domínios da vida social que conduza à emancipação do cidadão. O BD está ao serviço dos cidadãos, de forma esclarecida e voluntariosa, para que a Liberdade, a Modernidade e a Cidadania sejam uma realidade inquestionável no nosso país.
O BD é o partido da democracia participativa e social mas tem consciência de que não se pode distribuir sem criar riqueza. Por isto, está atento às condições de criação de riqueza e considera a classe empreendedora indispensável ao progresso do país.
O BD defende a solidariedade da produção e o investimento útil, opondo-se aos rendeiros e especuladores, favorece o investimento industrialista e combate a predação e os monopólios abusivos que entravam o dinamismo económico e o desenvolvimento nacional.
Para o BD aceitar a economia de mercado não implica a aceitação da mercantilização da sociedade, onde tudo é determinado pela força do dinheiro. O BD defende uma atitude de compromisso com um liberalismo condimentado com sistema reintegrador das assimetrias sociais, através de grandes instrumentos, como são os serviços públicos, a segurança social universal, a reforma por quotização, a fiscalidade progressiva, a assistência social, o patrocínio judicial público, o direito ao trabalho, o salário mínimo garantido e um rendimento nacional de cidadania, entre outros direitos.
O BD na sua mestria de governação pretende conjugar a necessária eficácia económica à importante equidade social. Estamos na política para servir os cidadãos, não somos um conjunto de aventureiros, temos um passado de luta e respeitabilidade e, sobretudo, queremos construir um futuro de esperança para Angola.
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