quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A SIGLA VAZIA

Ainda há quem pense que as velhas glórias do movimento de libertação estão conservadas. Há pessoas de boa-vontade que acham (e fazem esse discurso) que apesar da corrupção, do enriquecimento fácil, da predação, do desprezo pelas pessoas e, nomeadamente, pelos mais pobres, apesar de todos os tiques do novo-riquismo, o partido no poder há 32 anos ainda conserva o tinham de melhor quando participou na gesta da libertação nacional.

Não nos deixemos equivocar: o partido da situação é hoje uma sigla vazia que os gestores da marca procuram conservar para se aproveitarem dos ganhos simbólicos do passado de luta protagonizado por muitos que hoje já não se revêem nele, pois esse partido transformou-se numa organização que nada tem a ver com a história da luta de libertação.

Hoje, o poder instalado é um vampiro que se sustenta, no plano simbólico, do sangue dos “heróis da libertação nacional” e, no plano real, das riquezas do país e da pobreza e miséria dos seus cidadãos do país. Na verdade, é como se uma velha empresa conservasse a sua marca mas tivesse mudado radicalmente de actividade.

Há novas siglas que trazem com elas a tradição de luta, as profundas convicções de solidariedade e acreditam fortemente na democracia participativa. Entre elas está seguramente a FRENTE PARA A DEMOCRACIA (FpD).

Não é por acaso que esta organização se define como "partido de confiança", "força de mudança", "ao serviço da sociedade".

1 comentário:

  1. O MPLA COMO MARCA


    O MPLA como Marca representa um poder permanente em função de mais do que a sua história e multiplicidade de histórias e perpetuações das suas tradições.
    Um dos factores qualitativos de recriação da sua força consiste na lealdade da corrente regeneradora dos seus aliados.
    Os seus atributos, qualidade e expectativas criadas e uma amálgama de resultados e sua funcionalidade reforçam uma narrativa que impulsiona a sua existência.
    Não há dúvida de que as crenças sagradas, criações, metas e seu prestígio, sua visão e missão, capacidade de inovação reforçam o seu posicionamento.
    A sua suposta notoriedade e fidelização em constante construção criando boas ligações emocionais melhorarão consideravelmente essa marca.
    Sendo assim será que a marca MPLA é um sistema propulsor e fonte de criação de valor?
    Será que a notoriedade do MPLA continua a ser evocada de forma espontânea?
    Para que a marca MPLA se perpetue será necessário que as atitudes das pessoas correspondam a avaliações globais favoráveis.
    Não há dúvida que a força da marca MPLA quase se confundirá a um culto descentralizado e de interacções e laços fortes e experiências partilhadas que criam várias identidades verbais e simbólicas.
    Para falar da antiguidade da Marca MPLA teremos que falar forçosamente do seu núcleo fundador de Conacry dos anos 60.
    A marca MPLA se perpetua pelo seu prestígio devido as associações intangíveis, pelo seu simbolismo popularizado incontornável e grandes compromissos com o passado.
    O MPLA como marca, alem de possuir narrativas de sobrevivência, inclui testemunhos que dão a história, significados mais profundos e grande carácter de emocionalidade.
    A história do nacionalismo e luta de libertação pelos actores de renome a partir da fundação do MPLA em Conacry pelos seis fundadores bem personalizados, como Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, Hugo José Azancot de Menezes, Lúcio Lara, Eduardo Macedo dos Santos e Matias Migueis perpetuarão essa marca de forma reflectida.
    Poderemos então afirmar que os fundadores de Conacry foram os agentes prioritários e fundamentais da verdadeira autenticidade da marca MPLA.
    A dinâmica da história e a construção de identidades pressupõem estados liminares, pelo afastamento constante de identidades anteriores.
    Desenvolver a cultura da marca MPLA exigirá um constante planeamento e estratégias que permitirão reunir e sentir esta marca global.
    Para terminar apelaria que nas verdadeiras reflexões que a lenda da marca não obscurecesse a lenda dos fundadores verdadeiros artífices.
    Escrito Por:
    AYRES GUERRA AZANCOT DE MENEZES

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