terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

JOAQUIM PINTO DE ANDRADE INSIGNE INTELECTUAL E POLÍTICO ANGOLANO

Frente para a Democracia
Secretariado Nacional

COMUNICADO

A Frente para a Democracia, FpD, rende uma sentida homenagem à memória de JOAQUIM PINTO DE ANDRADE ― uma personalidade de grande relevo na sociedade angolana que se notabilizou quer pelo seu engajamento no movimento nacionalista de pensamento cristão–progressista, na década dos anos 50, quer na luta pela democratização da sociedade e instauração do pluralismo político e cultural em Angola, tendo sido Presidente da primeira Associação independente de Angola pós–Independência, a Associação Cívica de Angola, ACA ― falecido no dia 23 de Fevereiro último.

A FpD junta-se assim à merecida homenagem que toda Nação Angolana deveria render a este grande vulto de humanismo, de patriotismo e de inteligência Nacional que vai a enterrar no cemitério do Alto das Cruzes, em Luanda, no dia 26 de Fevereiro, às 10h00.

A FpD recomenda a todos os seus membros, simpatizantes, amigos e demais cidadãos a observarem um minuto de silêncio em todos os actos públicos que realizarem, em memória do ilustre intelectual e político Angolano, como símbolo de LUTO NACIONAL.

A FpD apresenta as suas mais sentidas condolências à família de JOAQUIM PINTO DE ANDRADE, em geral, e à esposa, Dr.ª Victória Almeida e Sousa, e aos filhos Naima Pinto de Andrade, Amilcar Pinto de Andrade e Djamila Pinto de Andrade, em especial, por esta perda Nacional que significa a sua morte.

Descanso eterno à alma de JOAQUIM PINTO DE ANDRADE.

Luanda, 25 de Fevereiro de 2008


PELO SECRETARIADO NACIONAL

Luis de Nascimento
Secretário-geral

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A grande FRENTE Democrática - Uma necessidade nacional

Da leitura que fazemos do texto “Desafios Políticos da FpD” (ver textos infra), constatamos que o surgimento de uma grande frente democrática para as eleições de 2008, é um dos mais nobres objectivos colocados pela FpD. Nós também acreditamos que só uma FRENTE constituída por mulheres e homens honestos e competentes, intelectuais de valores, técnicos, homens das artes, estudantes, empresários, lideranças cívicas e de opinião, homens sérios do nacionalismo angolano poderá:
a) Constituir-se como séria alternativa ao poder instituído e inverter a lógica dos mais de 30 anos de governação;
b) Evitar a bipolarização da vida política entre as duas forças do GURN.É no contexto da grande Frente que a FpD se propõe constituir um GRUPO PARLAMENTAR. Mas para que este grupo tenha força de mudança, tem de ser o mais extenso possível, integrando os principais homens da GRANDE FRENTE.
Por isso, o surgimento desta Frente não é só uma necessidade nacional, é também um dever que assiste a todos que querem a Mudança. Esta Frente pode ser alcançada. Precisamos todos de acreditar. Senão vejamos:
a) A maior parte dos homens honestos deste país não pertencem ao partido do poder. E querem mudar;
b) A maior parte dos angolanos, os que mais sofrem com estes governantes, são homens honestos e simples. Estes sem dúvida, querem mudar;
c) Muitos dos que se encontram no partido do poder são cidadãos simples e honestos, submetidos ao manobrismo dos poderosos da grande família. E também querem mudar;
d) Muitos dos que têm o “famoso cartão” (Todos nós o sabemos e o poder também) não têm nada a ver com as maquiavelices do partido do poder. Eles rogam por uma situação mais justa, para se verem livres do cartão. E querem mudar;
e) Muitos empresários, e angolanos com alguma riqueza, feita com esforço e sacrifício, não conseguem maior desenvolvimento das suas vidas e negócios devido ao egoísmo do poder estabelecido. Estão descontentes e também querem mudar;
f) Milhares de jovens não conseguem continuar os seus estudos, ter família estável, ter êxito na vida devido a esta governação que os despreza. Estes também querem mudar.
Afinal, não são poucos os que querem mudanças sérias, talvez sejam a maioria. O País reclama por uma verdadeira mudança. É muito injusto que este País continue a resvalar para o abismo. Temos a certeza que uma frente com as características que se pretende, pode surgir aos olhos do país como uma verdadeira alternativa. O que muitos precisam, é que lhes seja explicado muito bem, como se vai construir a mudança, como se constitui uma FRENTE POLÍTICA de VALORES. Acreditamos que poderá haver grande surpresa nas próximas eleições, o próprio partido do poder sabe e tem medo desta realidade. Mas já é quase inevitável.
Vamos iniciar a Grande Mudança. Tenhamos FÉ. São muitos os que querem MUDAR. É preciso agir, Hoje e Agora.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A "RENÚNCIA IMPOSSÍVEL" DO DITADOR

O anúncio de Fidel de Castro, segundo o qual ele deixa os cargos públicos que desempenhava em Cuba, tem sido largamente noticiado pelos media de todo o mundo. Fala-se em “renúncia” ao poder. Nada poderia ser mais enganoso do que pensar que Fidel de Castro “renunciou voluntariamente” ao poder. O ditador sai dos cargos públicos mas não deixa o poder.

Nenhum acto de “renúncia” é ao mesmo tempo um acto constitutivo. E, o que Fidel fez, foi sobretudo, nomear o seu irmão para o substituir nos cargos públicos que exercia, impedindo até que a máquina ditadorial do partido-Estado cubano opera-se a sucessão, segundo as suas próprias regras. Nada de regras: o que conta é a palavra do Chefe que determinou quem agora passa a exercer esses cargos (o seu irmão, como Kim il Sung empossou o seu filho).

A dita renúncia de Fidel de Castro é mais uma subversão da ordem cubana revolucionária a favor do seu poder pessoal. Sempre foi assim: o que está no centro do interesse do ditador é o seu poder pessoal. A sua “renúncia” é apenas mais um acto do “golpe de Estado continuado” que sempre impôs pela força a vontade pessoal do ditador à ordem formalmente instituída.

Não há pois uma “renúncia voluntariamente” do poder. Ele “renuncia” apenas aos cargos públicos empurrado pelo bafo da morte. O próprio ditador reconheceu isso – em carta que publicou terça-feira, no site do jornal Gramma - quando dizia que o seu desejo sempre foi cumprir as suas tarefas "até ao seu último suspiro". “No entanto, seria uma traição à minha consciência assumir uma responsabilidade que exige mobilidade e dedicação que não estou em condições físicas de cumprir".

Ou seja, deixa os cargos públicos (como no passado deixou de fumar) mas não o de Secretário-geral do Partido Comunista Cubano (a quem compete dirigir o Estado e a sociedade) para ver se logra contrariar a lei natural da morte, na certeza de que só sairá do Palácio para o Cemitério.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

ANGOLA: CORRUPÇÃO MATA MAIS DO QUE O VIH/SIDA

Em Angola, a corrupção vai ganhando contornos cada vez mais graves e intrincados, dado a sua esquematização, por parte de estruturas com suportes e cumplicidades bem fortes. Segundo muitos, o que falta é mesmo só reconhecer oficialemte a instituicionalização deste grande mal que flagela o país. O trono dos Diamantes e do Petróleo há muito que criou dinastias cada vez mais ricas e poderosas e a quem os angolanos, a continuarem indiferentes, estarão condenados a estender a mão: seja para uma moeda, seja para a palmatória.

Há quem tenha sabido gerir a riqueza em proveito próprio, comprando a consciência dos mais frágeis, realizando a lavagem cerebral aos angolanos, enquanto eles, suas famílias e companhia continuam a fazer a lavagem do dinheiro proveniente dessa riqueza, com a cumplicidade de parceiros portugueses, israelitas, russos, brasileiros, americanos e chineses, que obviamente, estão se marimabando para o povo angolano.

O Povo Angolano sabe e nada faz, para mudar a situação, pois aguarda pacientemente, por um milagre dos céus, que vai tardando. Uma cumplicidade traduzida no silêncio, na passividade e no servilismo de um povo resignado às circunstâncias, o que é incompreensível, sabendo-se conhecedor das realidades que o caracterizam a si e ao país em geral. Segundo dados correntes, em Angola, a corrupção já vai matando mais do que o VIH/SIDA, a doença do secúlo. Como é realmente triste, nascer num país riquissímo como Angola, e viver-se com menos de um dólar por dia! Como é triste, viver nas Lundas, em Malanje, em Cabinda, no Cunene e não ter sequer água potável!

((k.MULEMBA)).BNL

Berlim, aos 18 de Fevereiro de 2008
Fonte: IAADH.e.V.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A FpD em movimento

A FpD precisa do apoio de todos. Todos os cidadãos que se reconhecem nas posições da FpD, todos os eleitores que partilham os valores da identidade-FpD, todos os angolanos que acham útil a presença da FpD no Parlamento 2008 podem e devem fazer chegar propostas e apoio ao Secretariado Nacional.
A FpD tem poucos meios materiais e financeiros e por isso conta com a criatividade dos seus militantes, simpatizantes e eleitores. É preciso multiplicar a acção de divulgação da sigla e do símbolo, é preciso dar visibilidade a acção da FpD pois hoje, na era da comunicação, quem não aparece não existe. Para além de que não se pode escolher aquilo que não se conhece. A eleição é uma escolha, para a FpD ter possibilidade de ser escolhida pelos seus méritos, é preciso que seja conhecida, é necessário que faça parte do ambito das escolhas de maior número de eleitores possivel. Quantos mais eleitores conhecerem a FpD, maior serão as suas possibilidades de ser escolhida. Melhor será o seu resultado eleitoral, mais peso político terá na sociedade angolana, maior será a sua influência no sentido da realização da política do social, mais eficaz será a defesa dos movimentos reivindicativos, dos interesses da sociedade civil e dos cidadãos sem voz.
Cidadãos pela Frente, façam FRENTE para irmos em frente e desenvolver o nosso país.
A FpD quer "fazer de Angola uma potência económica, de dimensão atlântica, para enriquecer os angolanos" e por isso é uma força de mudança ao serviço da sociedade.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A OPOSIÇÃO EFECTIVA

Há pessoas que ao falarem da oposição (atribuindo-lhe responsabilidades pela situação do país confortam a desgovernação do partido da situação. São, muitas delas, pessoas respeitáveis e honestas no seus propósitos mas, com o devido respeito, demonstram não conhecer o país real. Porque é consabido que muito dos acto dos vários partidos da oposição não são do conhecimento do público porque há um bloqueio ao nível da comunicação social.

Ora, hoje, na era da comunicação, quem não aparece não existe! Não podemos também julgar a acção dos partidos da oposição em bloco, sabendo até que alguns desses partidos só se dizem da oposição, na verdade, fazem parte da base de apoio do Governo. Alguns são pouco mais do que “bocas de aluguer” para torpedear as acções e posições dos partidos de oposição de facto. Por exemplo, o líder do PSD afirmou publicamente que tem um acordo com o partido da situação para fazer barreira à oposição. (Votar em partidos como este é votar na situação).
O melhor é mesmo falar de oposições e de cada partido em particular.

Diz-se que a oposição nada faz mas, por exemplo, a FpD (FRENTE PARA A DEMOCRACIA) tem estado em todas as frentes de luta do movimento reivindicativo e social. Nada é dito nos media do Estado. Apenas uma ou outra notícia na imprensa independente que tem pouca circulação. Mas a FpD está sempre lá. Com as zungueiras, com os moradores da Boavista, com os da Cambambas, com os da Gika e outros. Denunciamos a repressão e apoia os "presos políticos de hoje. Os seus militantes e dirigentes têm sido presos, como foi o caso de Mateus Massinga em Cabinda.
A FpD participa em todos os grandes debates do país e tem um pensamento próprio, fazendo propostas em todas as áreas: do Estado, da Economia e da Sociedade. Na Assembleia Nacional temos várias propostas de Lei que não passam. Denunciamos, logo a seguir a sua publicação, as inconstitucionalidades da Lei Eleitoral. Somos efectivamente oposição: criticamos, demonstramos e propomos. Somos idóneos e maduros e não temos nenhum problema em dizer que alguma coisa é positiva quando isso acontece. Somos uma alternativa e com o apoio dos cidadãos seremos uma força de mudança ao serviço da sociedade, porque somos também um partido de confiança. Sejamos pois justos e não coloquemos todos no mesmo saco. Mas sobretudo, ninguém deve demitir-se das suas responsabilidades como cidadão.
Por uma Angola Democrática façamos FRENTE, vamos em FRENTE, eu faço FRENTE.
Isaac Varanda Muhongo (militante da FpD no Cazenga)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

EDUCAÇÃO PARA TODOS

Frente para a Democracia
Secretariado Nacional

MESA REDONDA SUBORDINADA AO TEMA:
“A EDUCAÇÃO PARA TODOS”

A FpD, por ocasião da abertura do novo Ano Lectivo, têm a honra e o prazer de convidar todos os interessados a participarem na Mesa Redonda subordinada ao tema "Educação para Todos", a ter lugar na sua Sede Nacional (Avenida de Portugal, 74C, 4º andar) próxima quarta-feira, dia 13 de Fevereiro, entre as 17h30 e as 20h00, cabendo a animação ao Professor Victor Barbosa e a moderação à Manuel Vitória Pereira, vice-Presidente do Sindicato de Professores (SINPROF).

Luanda, 09 de Fevereiro de 2008.

Secretaria de Imagem e Comunicação

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

GLORIA AO 4 DE FEVEREIRO DE 1961


(comunicado da FpD)


Há 47 anos, na manhã de “4 de Fevereiro de 1961”, que um grupo de nacionalistas protagonizou uma acção espectacular, cheia de heroicidade e grávida de história apesar da sua aparente fragilidade. Armados de catanas, varapaus e algumas armas de repetição o grupo atacou esquadras da Polícia colonial e as cadeias de Luanda, com o intuito de libertar largas dezenas de presos políticos angolanos que aí se encontravam na sequência de várias rusgas e purgas da Polícia Política do colonial-fascismo, a PIDE. Esta acção directa, determinada pela vontade inquebrantável e pela coragem dos combatentes da liberdade, era a única saída para luta nacionalista, perante a teimosia do ditador do Palácio de S. Bento, pelo facto de se terem esgotado todos os meios pacíficos de autodeterminação.

Para a FpD, o “4 de Fevereiro”, como primeira acção armada de impacto internacional dos nacionalistas angolanos, traduziu-se aparentemente numa derrota táctica mas foi, sem dúvida, uma enorme vitória estratégica. É verdade que a exiguidade dos meios fez fracassar a operação e deu pretexto a uma onda repressiva cega sobre os bairros suburbanos de Luanda, à prisão da maioria dos seus protagonistas e o assassinato de alguns dos seus líderes (Neves Bendinha) e, também, ao encarceramento e deportação de notáveis nacionalistas da época. Mas o “4 de Fevereiro de 1961” quebrou definitivamente a imagem da “harmonia das populações" e da “inexistência de contestação séria à colonização portuguesa” apregoada pelos ideólogos do regime colonial, deu visibilidade às reivindicações do movimento nacionalista, colocou Angola (colónia) no centro da política mundial e galvanizou amplas massas populares para o combate.

A FpD reconhece e exalta o feito nacionalista dos heróis do “4 de Fevereiro” e partilha da opinião dos historiadores que defendem que este acto estóico foi uma acção de iniciativa local, envolvendo personalidades e elementos filiados em diversas organizações nacionalistas que teve inequivocamente como figura central e destacada, o Cónego Manuel das Neves. Para a FpD, o “4 de Fevereiro”, independentemente das suas particularidades, constitui, para sempre, uma data histórica nacional de todos e para todos os angolanos, uma data que deve ser de UNIDADE DE TODA A NAÇÃO.

A FpD deplora, no entanto, o facto de um dos objectivos do “4 de Fevereiro” — libertar os presos políticos das cadeias — não tenha sido ainda alcançado, na sua plenitude, não obstante o ambiente de Paz que se vive em quase todo o território Nacional, à excepção de Cabinda. Para a FpD os angolanos poderão sempre honrar o gesto patriótico dos seus heróis se com a mesma exaltação patriótica e determinação assumirem a sua indignação perante a discriminação e exclusão e, nas próximas eleições legislativas, protagonizarem a mudança que o País reclama, mediante o exercício consciente e livre do voto que permita promover a abertura democrática, o desenvolvimento do país, combater a pobreza e melhorar a vida e o bem-estar de todos os cidadãos.

BEM HAJA OS HERÓIS DO 4 DE FEVEREIRO!!!


LIBERDADE, MODERNIDADE E CIDADANIA