(comunicado da FpD)
Há 47 anos, na manhã de “4 de Fevereiro de 1961”, que um grupo de nacionalistas protagonizou uma acção espectacular, cheia de heroicidade e grávida de história apesar da sua aparente fragilidade. Armados de catanas, varapaus e algumas armas de repetição o grupo atacou esquadras da Polícia colonial e as cadeias de Luanda, com o intuito de libertar largas dezenas de presos políticos angolanos que aí se encontravam na sequência de várias rusgas e purgas da Polícia Política do colonial-fascismo, a PIDE. Esta acção directa, determinada pela vontade inquebrantável e pela coragem dos combatentes da liberdade, era a única saída para luta nacionalista, perante a teimosia do ditador do Palácio de S. Bento, pelo facto de se terem esgotado todos os meios pacíficos de autodeterminação.
Para a FpD, o “4 de Fevereiro”, como primeira acção armada de impacto internacional dos nacionalistas angolanos, traduziu-se aparentemente numa derrota táctica mas foi, sem dúvida, uma enorme vitória estratégica. É verdade que a exiguidade dos meios fez fracassar a operação e deu pretexto a uma onda repressiva cega sobre os bairros suburbanos de Luanda, à prisão da maioria dos seus protagonistas e o assassinato de alguns dos seus líderes (Neves Bendinha) e, também, ao encarceramento e deportação de notáveis nacionalistas da época. Mas o “4 de Fevereiro de 1961” quebrou definitivamente a imagem da “harmonia das populações" e da “inexistência de contestação séria à colonização portuguesa” apregoada pelos ideólogos do regime colonial, deu visibilidade às reivindicações do movimento nacionalista, colocou Angola (colónia) no centro da política mundial e galvanizou amplas massas populares para o combate.
A FpD reconhece e exalta o feito nacionalista dos heróis do “4 de Fevereiro” e partilha da opinião dos historiadores que defendem que este acto estóico foi uma acção de iniciativa local, envolvendo personalidades e elementos filiados em diversas organizações nacionalistas que teve inequivocamente como figura central e destacada, o Cónego Manuel das Neves. Para a FpD, o “4 de Fevereiro”, independentemente das suas particularidades, constitui, para sempre, uma data histórica nacional de todos e para todos os angolanos, uma data que deve ser de UNIDADE DE TODA A NAÇÃO.
A FpD deplora, no entanto, o facto de um dos objectivos do “4 de Fevereiro” — libertar os presos políticos das cadeias — não tenha sido ainda alcançado, na sua plenitude, não obstante o ambiente de Paz que se vive em quase todo o território Nacional, à excepção de Cabinda. Para a FpD os angolanos poderão sempre honrar o gesto patriótico dos seus heróis se com a mesma exaltação patriótica e determinação assumirem a sua indignação perante a discriminação e exclusão e, nas próximas eleições legislativas, protagonizarem a mudança que o País reclama, mediante o exercício consciente e livre do voto que permita promover a abertura democrática, o desenvolvimento do país, combater a pobreza e melhorar a vida e o bem-estar de todos os cidadãos.
BEM HAJA OS HERÓIS DO 4 DE FEVEREIRO!!!
LIBERDADE, MODERNIDADE E CIDADANIA
bom, muito bom valeu.erikson
ResponderEliminaradorei a materia.bay wytney
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