terça-feira, 1 de abril de 2008

A TRAGÉDIA DA DNIC

(Comunicado da FpD sobre a tragédia da DNIC que foi censurado por toda a comunicação social pública)

FRENTE para a DEMOCRACIA
Secretariado Nacional

COMUNICADO

A Frente para a Democracia (FpD) tomou conhecimento com grande perplexidade do desabamento do imóvel onde funcionava a Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), ocorrido cera das 04h00 da manhã de hoje, 29 de Março, e da incerteza quanto ao destino de alguns agentes da DNIC em serviço e de mais de uma centena de cidadãos em prisão preventiva.

A FpD não quer imaginar a dimensão da tragédia se o desabamento tivesse tido lugar em hora normal de trabalho, de visita dos detidos ou mesmo se tivesse ocorrido no dia anterior, quinta-feira, dia 28 de Março, por ocasião da visita à DNIC, de uma delegação da Procuradoria-Geral da República, chefiada pelo Digníssimo Procurador Geral da República.

A FpD lamenta muito profundamente os prejuizos humanos e materiais e a perda gratuita e irresponsável de vidas dos cidadãos vítimas desta tragédia.

A FpD curva-se perante a dor de todos os cidadãos e respectivas famílias e endereça o seu profundo sentimento de pesar e o seu abraço solidário, bem como deplora os danos materiais e morais sofridos por pessoas e empresas em consequência do acidente, para os quais impende sobre o Governo o dever de reparação urgente e justa.

A FpD não pode deixar de constatar que tendo sido o referido imóvel objecto de inúmeras obras de reabilitação (a última das quais muito recentemente) apenas a eventual má-fé dos empreiteiros, a negligência e o espiríto do deixa andar dos dirigentes da instituição ou a falta de profissionalismo e incompetência dos fiscais das obras pode ter permitido este desfecho trágico que, segundo declarações da protecção civil, era previsível.

Por isso, a FpD exige que as autoridades tudo façam para resgatar com vida aqueles que ainda permanecem sob os escombros do edificio, cuidem dos feridos e proporcionem acompanhamento psico-terapeutico aos familiares. A FpD exige também que o Ministro do Interior, com carácter de urgência, dê explicações à opinião pública e à Assembleia Nacional sobre as razões que levaram a uma tal ocorrência. Finalmente, a FpD exige do Procurador Geral da República a abertura de um rigoroso inquérito para apurar responsabilidades pela tragédia e daí se extrairem as consequências políticas, criminais e outras, pois a culpa, no caso vertente, não pode morrer solteira.


Luanda, 29 de Março de 2008.

O SECRETÁRIO GERAL



Liberdade Modernidade Cidadania

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